A liberdade de imprensa e o acesso à informação são pilares
fundamentais de uma administração pública transparente e
democrática. No entanto, a recente determinação da
Secretaria de Comunicação de Várzea Grande de proibir secretários
municipais de conceder entrevistas à imprensa tem gerado grande
insatisfação entre jornalistas e a população. Além disso, a nomeação
de duas apoiadoras do ex-prefeito, mãe e filha, para cargos dentro da
pasta levanta questionamentos sobre critérios técnicos e possíveis
favorecimentos políticos.
O direito à informação deve ser garantido à sociedade, uma vez que
os gestores públicos são pagos com recursos provenientes dos
impostos dos cidadãos. Dessa forma, a Secretaria de Comunicação
tem o dever de assegurar que a população esteja bem informada
sobre os atos da administração municipal. Impedir que secretários
forneçam informações relevantes à imprensa compromete a
transparência e reforça a percepção de que há tentativa de ocultação
de fatos importantes.
Além da restrição ao contato dos secretários com a imprensa, a falta
de respeito com os profissionais da comunicação tem sido uma
reclamação constante. Jornalistas, que desempenham o papel
essencial de levar informações à sociedade, enfrentam dificuldades
para obter respostas sobre políticas públicas e ações governamentais.
Esse cenário prejudica não apenas a categoria, mas principalmente os
cidadãos várzea-grandenses, que dependem da imprensa para se
manterem informados.
É fundamental lembrar que tanto a prefeita, o vice-prefeito, os
secretários e demais funcionários da prefeitura são remunerados com
o dinheiro dos contribuintes. Portanto, é dever da gestão municipal agir
com transparência, respeitando o papel da imprensa e garantindo que
a população tenha pleno acesso às informações sobre a administração
pública. Qualquer tentativa de censura ou cerceamento desse direito
deve ser rechaçada pela sociedade.
Diante desse contexto, a Secretaria de Comunicação de Várzea
Grande precisa rever sua postura e compreender que seu papel não é
restringir a informação, mas sim facilitar a comunicação entre o poder
público e a sociedade. A transparência e o respeito à imprensa são
princípios fundamentais para uma gestão democrática e eficiente, e
qualquer ação contrária a esses valores deve ser amplamente
questionada e corrigida.